A distopia apresentada por Marcel Fernandes, convida a uma digressão por emoções de matizes saturados, por florestas urbanas povoadas por aves que testemunham e adornam o paroxismo de um ideal social perdido, e por indivíduos cujos dramas pessoais são amplificados por máscaras que explicitam mais do escondem.
Paralelos entre Bosh e Basquiat, Guernica e o Grito, o expressionismo e o grafite, o dia e a noite, revelam o paraíso que adormece, que se decompõe, que se expõe e se ignora e que também tentamos ignorar, mas a arte de Marcel não nos permitire.
O Anoitecer do Éden – Casa Brasílio Itiberê – Paranaguá – PR [Curadoria de João Henrique do Amaral – Texto e Fotos: L.E. Geara] até 30 de novembro de 2010.