Schiller diagnosticava, precocemente, que os domínios da ciência se ampliavam, ao passo que os da arte se estreitavam.
Disso decorria uma desvalorização da arte e uma limitação da imaginação e da criatividade em prol de um excesso de racionalização, que restringia o homem ao reino da necessidade. Dessa forma, tolhido em sua liberdade, o homem perdia sua característica mais preciosa…
…a capacidade de alçar-se para além dos limites da realidade factual, afirmando sua liberdade por meio da criação de outras possibilidades.
Schiller jamais aceitou a máxima de que o povo tem um interesse artístico restrito ou de que certas obras mais refinadas destinam-se a poucos. Ao contrário, o gosto bem como a reflexão devem ser estimulados, ampliados e cultivados com obras superiores e cada vez mais complexas. Somente assim seria possível educar toda uma nova geração capaz de superar a crise de valores que se instaurava no mundo moderno.