Roland Bathes e o Interpretante Final

Nos anos 6o, Barthes era um dos que acreditavam numa semiótica das mídias, cuja meta seria descobrir conotações secundárias das mensagens das mídias superpostas ao nível primário de denotações.

Posteriormente ele abriu mão desta posição, quando chegou à conclusão de que um nível de significação primário ou denotativo, que reflete a verdadeira “natureza” das coisas ou a sua “realidade”, nunca pode ser o ponto de partida da análise semiótica de uma mensagem. Para Barthes (1970:9), uma tal análise começa  sempre com o exame de uma pluralidade de significações (conotativas), e, somente após a investigação de uma longa corrente de determinações significativas, podemos esperar chegar a uma interpretação que pode ser denominada como denotação da mensagem. De acordo com Barthes, o nível denotativo de uma mensagem não representa um nível  de significação primário, mas, quando muito, um nível de significação final alcançado após um longo processo de interpretação. Nesta idéia de Barthes de uma possível finalidade de processo de significação encontra-se um outro paralelo com um elemento central da semiótica pierceana, a idéia do “interpretante final”.

Ao invés de referência, confrontamo-nos, ao final, com auto-referência (Solomon Marcus - 1997)

Representamen

fonte: Semiótica e o Estudo das Mídias – Winfried Nöth

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