Despertar é Preciso

Eduardo Alves da Costa

9

“Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.”a100f8288428fb935cbd235d8850a34eacddf1af_m

(Obs: Este poema não é de Vladimir Maiakóvski)

 

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