Aaah se o coração realmente se abrisse
Aaah se desse pra esquecer o que se disse
Aaaah se a alma enquanto grita se despisse
Aaah se pudéssemos viver sem crendice
Quanto tempo temos?
Em quantos corações cabemos?
Ah, um dia os corações pulsarão em harmonia
Um dia eu deixo de crer que é pura crendice
Que o pensamento é um caminho, todavia
Que ilumina a estrada obscura da compreensão
Que nos guia à plenitude, ou nos desvia
Nos paradoxos infinitos dos limites do ego
A alma rasteja e o coração sangra estancado com prego
Quanto tempo temos?
Em quantos corações cabemos? Quanto tempo temos?
Há quanto tempo isso deixou de importar?
Quanto tempo temos?
Quando nós mesmos, nós mesmos seremos?
Aaah se a essência falasse
Aaah se o universo conspirasse
Aaah se a corrente de corações em enlace
Não se perdesse ou fosse pregado e se rebelasse
Quanto tempo temos?
Quanto isso importa?
Aaah se eu acreditasse
Se eu servisse pra dar passe
Se a harmonia fosse absoluta
O tempo real então é praxe
Sempre,
Nunca,
Saberemos
Em quantos corações habitamos? Quantos universos criamos?
Em quantos corações pulsamos?
Vamos?