Para Nietzsche o niilismo é um fenômeno que indica a decadência do homem ocidental. Essa decadência ocorreria devido à dois grandes fatores
Primeiro, o racionalismo socrático, que instaura o predomínio da razão, da racionalidade argumentativa, da lógica, do conhecimento científico, da demonstração, “espírito apolíneo”, derivado de Apolo, severo deus da ordem e do equilíbrio, da razão e da luz. Assim, perde-se a proximidade da natureza e suas forças vitais, a alegria, o excesso, ou seja, o “espírito dionisíaco”, a própria vida. A história da filosofia é a história do triunfo da razão contra a “afirmação da vida”. A vida foi subjugada pela razão.
Em segundo lugar, o cristianismo, definido como o platonismo do povo, que também condena o corpo, condena a vida, e valoriza os ressentidos, os medrosos (o medo é pai da moral), que negam a vontade e o desejo – os cristãos, que temem os homens livres e fortes, criaram um inferno fictício para jogá-los. Nossa cultura seria decadente, niilista, porque estava asfixiada por conceitos como Revolução, Estado, Razão ou Deus, que são vazios, amparados no nada, e sufocam nossa vida em nome de conceitos. Homens como Platão e Kant, ao colocar a verdade no outro mundo e definir esse mundo como falsidade ou ilusão, teriam contribuído para nossa decadência. O aspecto negativo do niilismo de Nietzsche.
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Se liga nessa Hitsória: https://www.youtube.com/watch?v=mqgGPlC2H4c