“A hierofania consiste “estruturalmente” na “escolha” de certos elementos do cosmo, segundo o critério de sua forma, força, eficácia, singularidade…
Ela se funda no princípio da “pars pro toto” (a parte pelo todo), pois tais elementos manifestam, pela sua singularidade, uma presença particular de algo mais amplo e superior: o Sagrado…” Mircea Eliade ( in: Piazza, p.146)
Ela se funda no princípio da “pars pro toto” (a parte pelo todo), pois tais elementos manifestam, pela sua singularidade, uma presença particular de algo mais amplo e superior: o Sagrado…” Mircea Eliade ( in: Piazza, p.146)
A ideia de sagrado, segundo Mircea Eliade está em dialética com a ideia de profano: O sagrado está no mundo e, ao mesmo tempo, se opõe ao mundo. Uma pedra é e sempre será uma pedra, mas quanto ao significado hierofânico ou dimensão simbólica será uma pedra especial, pois nela se manifesta, de alguma maneira, o Sagrado. Nesta perspectiva, a noção de sagrado não depende apenas de uma “experiência subjetiva”(sensações), mas também de um “elemento objetivo”(pedra) que funciona como “sinal” na manifestação do Sagrado (Númeno).
Em todo caso, os elementos hierofânicos se impõem ao homem religioso, seja qual for a sua fé, levando-o sempre a ver neles uma “manifestação do Sagrado”. Eles são objetos e mesmo instituições que funcionam como “sinais” da presença de uma realidade transcendente e absoluta
via:
– PIAZZA, Waldomiro, Introdução à Fenomenologia Religiosa. Petrópolis:Vozes,1976.