
O sujeito da psicanálise desde sua origem é referido ao outro, pois o nosso desejo é interpretado por outras pessoas. Para ilustrar, quando o bebê chora é sua mãe (ou sua cuidadora) quem interpreta: “ah, esse choro é de sono, esse é de fome…” E assim vamos crescendo através dos olhares dos outros. A estruturação do desejo se dá através da estruturação dos laços afetivos com o outro, em que as necessidades do sujeito se transformam em demanda de que o outro o ame. Esta demanda de amor é inesgotável e, portanto, impossível de ser atendida/satisfeita. É então, que se instaura no sujeito o chamado “vazio constitutivo”, ou seja, o desejo sempre insatisfeito e, é justamente este que move a vida.

O impossível em jogo na pulsão é que das Ding, o objeto primeiro, não existe, de forma que a satisfação total nunca passa de um horizonte para o sujeito. (Marlos Terêncio – Um percurso psicanalítico pela mística de Lacan e Freud)

O mal-estar na civilização é o mal-estar dos laços sociais. (Freud)
via: https://www.fasdapsicanalise.com.br/solidao-pela-perspectiva-psicanalitica/
Marlos Terêncio – Um percurso psicanalítico pela mística de Lacan e Freud