Nietzsche nos dá o “Eterno Retorno” como uma saída, que consiste na busca da criação por meio da destruição, somente nesta complementação poderemos transcender e reafirmar a vida em detrimento dos valores que teriam envenenado a humanidade. Talvez seja isto que levou Heidegger a afirmar que Nietzsche foi o niilista mais contundente dentre todos os niilistas: na esperança de “curar a civilização de um niilismo decadente” cria-se uma hipótese niilista ainda mais aterradora e inescapável. (Jefferson Nunes)
O ímpeto destruidor
Entre os teóricos do terror destacam-se o anarquista Bakunin e Netschaiev, cujo lema era: “O prazer da destruição é um prazer criador”. Em seu Catecismo Revolucionário, ambos afirmam que o revolucionário “despreza e odeia a moral da sociedade moderna em todas as suas formas e fundamentos. Considera como moralmente justificado tudo quanto favoreça o triunfo da Revolução. Todos os sentimentos emolientes do parentesco, da amizade, do amor, da gratidão, até mesmo o de honra, devem ser sufocados nele por uma paixão fria pela causa da Revolução. […] Dia e noite ele só deve ter um único pensamento, um único objetivo: a destruição implacável”. Esse ímpeto destruidor, mola do terrorismo, é o denominador comum presente na Revolução Francesa de 1789, na Revolução Comunista de 1917 e no nazismo hitlerista.